segunda-feira, 7 de setembro de 2009

O pior futebol carioca

Se de um lado o Estado de São Paulo lidera o número de representantes nas séries A e B do Campeonato Brasileiro 2009 com onze representantes, por outro o futebol carioca vive um dos piores (se não o pior) momento da história, sendo representado por grandes clubes, mas que parecem clubes pequenos quando o árbitro apita o final da partida.

Com exceção do Vasco, que lidera a série B e faz campanha parecida a do Corinthians de 2008, Flamengo, Botafogo e Fluminense envergonham o futebol do Rio. Principalmente o tricolor das Laranjeiras e o alvinegro de General Severiano, um dos dois, invevitavelmente, vai cair. O Fluminense está na lanterna do campeonato e o Botafogo é o antepenúltimo, com 17 e 23 pontos, respectivamente, em 23 jogos disputados. O Flamengo tem 31 pontos e oscila bastante na tabela.

A comparação entre os times do Rio e São Paulo é vexatória para os cariocas: na série A, os paulistas têm dois representantes no G4 (Palmeiras e São Paulo) e só um time na zona de rebaixamento, que é o Santo André, primeiro da zona. Na série B, os Estados estão empatados com o Vasco na primeira posição e o Guarani em terceiro.

Há quase nove anos que um clube carioca não ergue a Taça do Brasileirão. O último foi o Vasco, em 2000. De lá pra cá, Santos (2002 e 2004), Corinthians (2005) e São Paulo (2006,2007 e 2008) deram seis troféus ao estado paulista.

Qual a diferença entre os clubes cariocas e paulistas? A organização e o planejamento. No Fluminense, por exemplo, ninguém sabe se quem manda é o presidente ou o patrocinador. É complicado trabalhar assim. Cada um deve desempenhar a sua função. Dirigente não tem que escalar time e nem escolher o jogador que deve ser contratado ou não.

A crise no futebol carioca ameaça, seriamente, rebaixar dois dos clubes mais tradicionais do país. E quem sempre sofre com tudo isso é o pobre torcedor, que acredita, que vai até ao Cristo Redentor fazer orações, que não deixa de ir ao estádio, mas que em 2009 tem saído da maioria dos jogos de cabeça baixa.

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