Nem mesmo as oito denúncias feitas contra o ex-marido foram o suficiente para evitar a tragédia, que tirou a vida de uma cabeleireira de 31 anos, em Belo Horizonte, que foi morta baleada com sete tiros pelo ex-companheiro, na tarde de hoje.
O medo do ex era tão grande que fez com que a vítima instalasse um circuito de câmeras espalhadas nas partes interna e externa do Salão em que trabalhava. Câmeras que flagraram o exato momento em que o homem entra no salão e, impiedosamente, faz sete disparos à queima roupa contra a cabeleireira.
Antes de morrer, a dona do salão vinha recebendo várias ameaças do ex-marido, inclusive promessas de morte. Ela procurou a Delegacia da Mulher por nada mais nada menos que oito vezes. Contudo, as oito denúncias não deram em nada: inconformado com o fim do casamento, que durou cinco anos, o ex-marido passou a perseguir e a ameaçar constantemente a vítima, que nada pode fazer para evitar uma morte tão cruel.
É um acontecimento bastante lamentável, mas que poderia ter sido impedido, caso a Polícia e, principalmente, a Justiça tivessem agido. Mas como trata-se de Brasil, o crime não é visto como grande surpresa. Nem mesmo a Lei Maria da Penha funciona, é impressionante como a impunidade é grande.
E quanto à família da vítima? Nem mesmo uma pena de 50 anos de cadeia para o acusado vai diminuir o sofrimento de cada um dos parentes da mulher, assassinada brutalmente. O problema é que a Justiça espera primeiro acontecer a desgraça, e só depois corre atrás para tentar reverter a situação.
Em alguns momentos, sinto vergonha por ser brasileiro.
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