sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Saúde não é prioridade da Prefeitura de Belém

Enquanto milhares de pessoas morrem jogadas aos corredores dos prontos socorros do município por não haver leito, o prefeito de Belém, Duciomar Costa, inaugurou, ontem, uma sala para marcação de consultas e um refeitório, no Instituto de Previdência e Assistência do Município (IPAMB), e uma praça, na Avenida Doutor Freitas, esquina com João Paulo II.

Durante a campanha para as eleições, ano passado, o tema saúde pública foi o mais abordado pelos canditados a prefeitura. Duciomar, por exemplo, desviou os olhares da população da saúde para a pavimentação de ruas, o que ele chamou de investimento na saúde de forma preventiva.

Não se pode negar que a pavimentação de ruas é de extrema importância tanto para a prevenção de doenças como para facilitar a ação da polícia, em bairros de risco. Contudo, a doença não espera e nem avisa quando vai chegar. Portanto, a população belenense quer saber quando o prefeito vai investir, de fato, na saúde pública?

Nos dois prontos socorros da capital (Guamá e Umarizal) a situação só piora, retrato do abandono e do esquecimento das autoridades. Infiltrações pelas paredes, falta de médicos, não há leitos, não há remédios e, as vezes, até esparadrapo falta, ou seja, o básico.

No pronto socorro do Umarizal, tanto na parte interna do hospital como nos arredores é comum ver pessoas jogadas ao chão, como se fossem animais, clamando por um atendimento que dificilmente chega. A saúde não existe para a população pobre de Belém e, menos ainda, para aqueles que vêm do interior, na esperança de conseguir solucionar um problema. Talvez consigam, mas dificilmente vai ser em um dos prontos socorros.

O chefe de gabinete do IPAMB, Carlos Flexa, estava bastante empolgado durante as inagurações. "O refeitório é um sonho bem antigo. Finalmente está sendo realizado". Antigo mesmo é o sonho que o cidadão belenense tem de ter o tratamento digno de quem exerce o direito de votar, sonho que, mais uma vez, deve ser adiado por pelo menos mais três anos.

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